quarta-feira, 25 de junho de 2008

Os ruídos da mente.

Se a vida é vivida no presente, os ruídos da mente nos afastam do presente e nos impedem de ouvir a verdadeira sinfonia da existência. Os ruídos da mente são os pensamentos repetitivos, os afetos enrustidos, os sentimentos não trabalhados, a energia estagnada...
Os ruídos da mente nos impedem de ver saídas para os nossos problemas, pois sempre nos remetem para velhas soluções. Como um disco arranhado, repete sempre a mesma e cansativa melodia, sem deixar espaço para o desbravemento de novas veredas.
Os ruídos da mente formam uma neblina que nos impede de ter um contato direto com o Ser: com aquela parte que está mais próxima da origem. Com aquela parte que possui as soluções mais criativas, mais inovadoras, pois se encontra em contato direto com a fonte da exuberante diversidade e criatividade que envolve todo o universo.
Os ruídos da mente são produzidos pelo nosso pequeno eu. Esse pequeno eu que acha que conhece tudo apenas porque uma vez "viu-sentiu-imaginou". Esse pequeno eu tão cheio de certezas que custa a reconhecer que é apenas uma pequena onda no mar da consciência.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

A vida é vivida no presente!

A noção de tempo é dividida em passado, presente e futuro. Sob essas três noções criamos o nosso mundo subjetivo. Do passado restam apenas lembranças, sensações que ficaram marcadas em nossa mente. Vivências que nos servem como um filtro de interpretação para situações vividas no presente que se assemelham às do passado.
Já o futuro se mostra como uma vaga esperança de que alguma coisa diferente irá acontecer. A esperança de que as situações ou nossos sentimentos serão diferentes quando chegarmos num indefinido momento lá adiante.
Tendo o passado vívido na memória e sempre nos ancorando num futuro que nunca chega, esquecemos do presente, o único momento no qual realmente existimos, visto que o passado já não existe mais e o futuro é uma mera promessa, uma probabilidade.
As lembranças do passado e a espera pelo futuro no retiram do momento presente. Desse momento que não tem compromisso com os equívocos do passado e que não sabe nada do futuro, pois o presente é um campo aberto de possibilidades, um tempo de mudança, de plantar novas sementes.
O presente é este momento de liberdade, um vasto e límpido campo pronto para ser vivido. Ele não quer saber de seu passado nem do seu futuro. O presente almeja apenas ser sentido e vivido em sua totalidade, sem amarras, sem falsas esperanças. Um momento para ser vivido em sua plenitude, em sua inteireza, pois a vida é vivida no presente: neste exato instante que se descortina em nossos olhos.