quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Aceitar-se incondicionalmente!

Para viver em comunidade criamos um pequeno eu. Feito de lembranças, sensações e sentimentos, esse pequeno eu muitas vezes é idealizado. Nele colocamos tudo o que consideramos nossas qualidades e repudiamos para o outro lado aquilo que consideramos não ser condizente com o que se espera de nós.
E assim corremos o risco de nos aprisionarmos e nos tornarmos reféns do exterior. Se o pequeno eu for aceito, tudo bem! Mas se o pequeno eu não for aceito ou se alguns dos seus aspectos não forem benquistos, isso será nossa ruína. Colocaremos mais energia na produção desse pequeno eu, apresentado desculpas e justificativas...
Neste passo, acabamos nos esquecendo que não somos apenas esse pequeno eu idealizado. Somos muito mais: um ser humano inteiro. Um ser que sente toda a variada gama de emoções, sentimentos. Um ser assim tão complexo não poderia mesmo ficar marcado por esta ou aquela qualidade, este ou aquele aspecto, taxado disso ou daquilo.
Para transcender os limites desse eu tão idealizado talvez fosse o caso de nos aceitarmos incondicionalmente. Aceitar-se incondicionalmente, não apenas quando alguma coisa nos alegrar! Aceitar-se incondicionalmente, não apenas quando conseguirmos algo muito almejado. Aceitar-se incondicionalmente, não apenas quando recebermos elogios.
Enfim, aceitar-se incondicionalmente é ancorar-se no Ser. É estar além do passageiro, do efêmero, dos objetos. É ter a consciência que a nossa dignidade decorre do simples fato de existirmos!