segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Tudo é perfeito!

Às vezes nos debatemos com os fatos. Não aceitamos as coisas como elas são. Incapazes de acolher as incertezas do viver, sofremos pelo que não conseguimos mudar e por aquilo que não está ao nosso alcance.

Talvez isso aconteça em decorrência da nossa visão ser restrita. Enxergamos apenas até onde as nossas concepções permitem. A nossa visão vai até os limites de nossas crenças.

Assim, não conseguimos ver além dos fatos. Enxergar além do trivial, do banal. Não conseguimos, portanto, encontrar sentido na sucessão de fatos que ocorrem em nossas vidas.

Mas, mesmo assim, tão cheio de dúvidas, prosseguimos! Talvez porque no fundo nós intuímos que isso tudo tem um sentido, que a nossa vida não é em vão. Prosseguimos porque, para além da profusão de fatos que se sucedem, conseguimos ouvir uma voz afirmando: “A obra de Deus é Perfeita! Tudo está no seu devido lugar!”

terça-feira, 14 de abril de 2009

Fé!

Se a nota principal da sinfonia da vida é a impermanência, se tudo está em constante mudança, a fé é mesmo uma necessidade quase biológica, pois ela nos serve como uma âncora no incessante ir vir das ondas de nossa vida. A fé serve como um manto para a nossa experiência diária, não permitindo que as transformações nos levem de roldão. Nossa temperatura pode subir ou descer de acordo com as experiências pelas quais passamos, mas o manto protetor da fé não deixará que a temperatura chegue ao ponto de nos desfazer, de nos cindir.
A fé nos diz que há sempre algo em que podemos nos fixar. Nem que esse algo seja apenas a nossa própria fé!

quarta-feira, 4 de março de 2009

O nascimento de um Ser!

Ele ainda não existia. Era apenas uma possibilidade. Imerso no mar do não-existente, o Ser usufruía a mais deliciosa inconsciência, o sono mais profundo, sem sonhos. Não havia sensações, sentimentos, desejos, nem mesmo pensamentos. Ele encontrava-se imerso na ignorância total.
Mas aquela tranqüilidade foi desfeita. Havia chegado a hora de retornar. De repente, o Ser se viu novamente existindo. Tinha um corpo. A leveza havia desaparecido. Tinha pensamentos, sensações, sentimentos... A tranqüilidade parecia também ter desaparecido...
Diante desta súbita mudança, questiona-se o Ser qual seria o sentido de tanta transformação. Por que não continuar imerso naquela paz oceânica? Por que se lançar mais uma vez nesta aventura de existir?
As dúvidas duravam algum tempo, às vezes torturam sua mente, mas não conseguiam afastar a certeza de que tudo isso deviria ter um propósito. E assim o Ser aplacava a sua angústia alimentando a crença de que um dia toda a verdade seria revelada, que a sua caminhada não seria em vão!